A
crise econômica, que se agravou neste ano, aumentou os casos de problemas de
saúde relacionados ao estresse, como depressão, insônia e ansiedade, entre os
brasileiros. Cada vez mais, vemos pessoas e
famílias afligidas pela incerteza causada por esse cenário atual. Muitos já
estão desempregados e outros estão assombrados pelo fantasma do desemprego.
Pensando em
entender a crise econômica, além das
análises do governo atual e outras questões políticas, qualquer pessoa com um
mínimo de conhecimento de economia e finanças, vê tranquilamente os sinais da crise por todos os lados. Não precisa nem
ler revistas e relatórios de consultorias especializadas, basta fazer suas
compras mensais em qualquer supermercado que tudo fica evidente.
Um dos principais impactos dessa crise econômica sobre a vida
das pessoas e também dos negócios das empresas é a inflação em um ritmo
acelerado. A inflação já está ai há muito tempo e vem sendo tratada com
leniência e maquiada através de artifícios contábeis que não se sustentariam
por muito tempo, atualmente já é um problema que as pessoas conseguem ver mais
claramente.
Os preços
básicos da economia, como luz e combustíveis também sofreram um reajuste
monstruoso para compensar outros “reajustes”, é o chamado “tarifaço” que tanto
nos prejudica. Como consequência: a disparada do dólar, a desvalorização do
real.
A situação fiscal no Brasil tem piorado muito. Com um
desiquilíbrio nas contas públicas, o governo gastando mais do que arrecada em
impostos, etc. Com essa combinação de fatores e outros aspectos envolvidos, entendemos
um pouco sobre os responsáveis dessa desaceleração da nossa economia.
Essa atual
situação econômica do Brasil vem
causando muita preocupação a toda parcela da população que depende do seu
próprio trabalho para garantir seu sustento. De um lado temos os
desempregados, enfrentando muitos desafios em busca de um emprego e se vendo
sem opções. De outro, trabalhadores que todos os dias levantam incertos sem
saberem até quando terão garantido seu ganho para o pão. E os empresários também, estão todos preocupados com os
rumos que nossa economia
vem tomando nos últimos tempos, isso vem fazendo com que estes empresários
adiem seus investimentos e novos empreendedores aguardem momentos menos
incertos para iniciar seus projetos.
Essa
crise econômica vai demorar para sair do buraco e uma das consequências mais dramáticas da crise está no
emprego. A taxa de desemprego tem surpreendido negativamente a todos. Segundo
estudo da Confederação Nacional da Indústria, a taxa de desemprego
metropolitana medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), que subiu para 7,6% em agosto deste ano, deve encerrar este ano em 8% e
tende a continuar avançando em 2016. É bem provável que se agrave no início de
2016. É possível que tenhamos um quadro mais agravado pelo reajuste do salário
mínimo que acontecerá no início do ano que vem. (Fonte: Economia G1).
A auxiliar de serviços gerais Cristiane Carvalho de 51 anos,
assim como a classe trabalhadora, esta sentindo na pele o desemprego. Ela diz
que nunca viveu uma crise pior que essa em toda a sua vida. “Se para quem tem
estudos já esta difícil, imagine para nos que não temos”, declara. Ela já
cansou de entregar currículos e não ser chamada nem mesmo para participar do
processo seletivo. “Eu tenho minha casa, minha família para cuidar, não sei
mais o que fazer. Eu vivo triste por causa disso. As coisas estão cada vez
ficando mais caras, só os salários que não aumentam”, explica. “Meu medico
disse para eu me acalmar, porque já tenho problemas de nervos, mas ele não sabe
o que eu passo”, acrescenta com um olhar tristonho e pensamentos distantes. Ela
espera que o ano de 2016 seja melhor, mas infelizmente não temos boas
previsões.
O pedreiro Jose Lourenço de 44 anos, mesmo trabalhando
de maneira independente também esta sendo prejudicado. “Ninguém mais quer
construir ou reformar, a grana está curta para todos. Eles vão deixar essas
coisas para depois. Ai enquanto isso eu fico sem emprego, esperando que as
coisas melhorem”, diz ele. “Se eu não trabalho, não ganho. E as contas não vão
me esperar. Já faz semanas que não consigo pregar os olhos, estou muito
preocupado.”
Por outro lado, aqueles que estão empregados vivem o drama e o temor
de perder o emprego e não conseguir outro. Com isso são motivados por conta
própria a estenderem suas jornadas de trabalho, dedicando assim menos tempo á
saúde. Em
momentos de crise, o emocional dispara e as pessoas entram no “tudo ou nada” e
isso pode ser prejudicial.
O
medo pode ser tanto ao ponto de as pessoas não quererem tirar férias por causa
da insegurança em achar que a empresa de repente descubra que o funcionário não
faz falta ou que seu substituto naquele período faz o trabalho melhor que ele,
podendo ameaçar seu atual cargo. Os riscos sempre existirão, tirando férias ou
não. As empresas visam cada vez mais na redução de custos. É o caso da gerente de
vendas Karen Baliutis de 27 anos que antes de sair de férias ficou responsável
por passar tudo que sabia e fazia para outra funcionaria, quando voltou foi
mandada embora. “Mal sabia eu que estava preparando a minha substituta. Claro,
para ela eles pagariam metade do que eu ganhava, foi muito conveniente”, diz
ela indignada. “Agora esta sendo difícil encontrar uma empresa que me contrate
pelo tanto que eu ganhava, eu não posso aceitar menos. Ninguém quer ou merece
viver assim!”.
Diante desse cenário os profissionais da saúde já começaram
a notar um aumento da busca por tratamento. Algumas pessoas relatam
estarem mais ansiosas, preocupadas, tensas e irritadas. Já outras se queixam de
estarem se sentindo sem energia, sem esperanças e cheias de pensamentos
negativos.
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