segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

A crise econômica no Brasil: a causa do sofrimento dos trabalhadores

A crise econômica, que se agravou neste ano, aumentou os casos de problemas de saúde relacionados ao estresse, como depressão, insônia e ansiedade, entre os brasileiros. Cada vez mais, vemos pessoas e famílias afligidas pela incerteza causada por esse cenário atual. Muitos já estão desempregados e outros estão assombrados pelo fantasma do desemprego.

Pensando em entender a crise econômica, além das análises do governo atual e outras questões políticas, qualquer pessoa com um mínimo de conhecimento de economia e finanças, vê tranquilamente os sinais da crise por todos os lados. Não precisa nem ler revistas e relatórios de consultorias especializadas, basta fazer suas compras mensais em qualquer supermercado que tudo fica evidente.

Um dos principais impactos dessa crise econômica sobre a vida das pessoas e também dos negócios das empresas é a inflação em um ritmo acelerado. A inflação já está ai há muito tempo e vem sendo tratada com leniência e maquiada através de artifícios contábeis que não se sustentariam por muito tempo, atualmente já é um problema que as pessoas conseguem ver mais claramente.

Os preços básicos da economia, como luz e combustíveis também sofreram um reajuste monstruoso para compensar outros “reajustes”, é o chamado “tarifaço” que tanto nos prejudica. Como consequência: a disparada do dólar, a desvalorização do real.

A situação fiscal no Brasil tem piorado muito. Com um desiquilíbrio nas contas públicas, o governo gastando mais do que arrecada em impostos, etc. Com essa combinação de fatores e outros aspectos envolvidos, entendemos um pouco sobre os responsáveis dessa desaceleração da nossa economia.

Essa atual situação econômica do Brasil vem causando muita preocupação a toda parcela da população que depende do seu próprio trabalho para garantir seu sustento. De um lado temos os desempregados, enfrentando muitos desafios em busca de um emprego e se vendo sem opções. De outro, trabalhadores que todos os dias levantam incertos sem saberem até quando terão garantido seu ganho para o pão. E os empresários também, estão todos preocupados com os rumos que nossa economia vem tomando nos últimos tempos, isso vem fazendo com que estes empresários adiem seus investimentos e novos empreendedores aguardem momentos menos incertos para iniciar seus projetos.

Essa crise econômica vai demorar para sair do buraco e uma das consequências mais dramáticas da crise está no emprego. A taxa de desemprego tem surpreendido negativamente a todos. Segundo estudo da Confederação Nacional da Indústria, a taxa de desemprego metropolitana medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que subiu para 7,6% em agosto deste ano, deve encerrar este ano em 8% e tende a continuar avançando em 2016. É bem provável que se agrave no início de 2016. É possível que tenhamos um quadro mais agravado pelo reajuste do salário mínimo que acontecerá no início do ano que vem. (Fonte: Economia G1).

A auxiliar de serviços gerais Cristiane Carvalho de 51 anos, assim como a classe trabalhadora, esta sentindo na pele o desemprego. Ela diz que nunca viveu uma crise pior que essa em toda a sua vida. “Se para quem tem estudos já esta difícil, imagine para nos que não temos”, declara. Ela já cansou de entregar currículos e não ser chamada nem mesmo para participar do processo seletivo. “Eu tenho minha casa, minha família para cuidar, não sei mais o que fazer. Eu vivo triste por causa disso. As coisas estão cada vez ficando mais caras, só os salários que não aumentam”, explica. “Meu medico disse para eu me acalmar, porque já tenho problemas de nervos, mas ele não sabe o que eu passo”, acrescenta com um olhar tristonho e pensamentos distantes. Ela espera que o ano de 2016 seja melhor, mas infelizmente não temos boas previsões.

O pedreiro Jose Lourenço de 44 anos, mesmo trabalhando de maneira independente também esta sendo prejudicado. “Ninguém mais quer construir ou reformar, a grana está curta para todos. Eles vão deixar essas coisas para depois. Ai enquanto isso eu fico sem emprego, esperando que as coisas melhorem”, diz ele. “Se eu não trabalho, não ganho. E as contas não vão me esperar. Já faz semanas que não consigo pregar os olhos, estou muito preocupado.”

Por outro lado, aqueles que estão empregados vivem o drama e o temor de perder o emprego e não conseguir outro. Com isso são motivados por conta própria a estenderem suas jornadas de trabalho, dedicando assim menos tempo á saúde. Em momentos de crise, o emocional dispara e as pessoas entram no “tudo ou nada” e isso pode ser prejudicial.

O medo pode ser tanto ao ponto de as pessoas não quererem tirar férias por causa da insegurança em achar que a empresa de repente descubra que o funcionário não faz falta ou que seu substituto naquele período faz o trabalho melhor que ele, podendo ameaçar seu atual cargo. Os riscos sempre existirão, tirando férias ou não. As empresas visam cada vez mais na redução de custos. É o caso da gerente de vendas Karen Baliutis de 27 anos que antes de sair de férias ficou responsável por passar tudo que sabia e fazia para outra funcionaria, quando voltou foi mandada embora. “Mal sabia eu que estava preparando a minha substituta. Claro, para ela eles pagariam metade do que eu ganhava, foi muito conveniente”, diz ela indignada. “Agora esta sendo difícil encontrar uma empresa que me contrate pelo tanto que eu ganhava, eu não posso aceitar menos. Ninguém quer ou merece viver assim!”.


Diante desse cenário os profissionais da saúde já começaram a notar um aumento da busca por tratamento. Algumas pessoas relatam estarem mais ansiosas, preocupadas, tensas e irritadas. Já outras se queixam de estarem se sentindo sem energia, sem esperanças e cheias de pensamentos negativos.

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