quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

O outro eu, Drag Queen



Larte Marques de 19 anos mora em Pirituba- SP, é estudante de publicidade e propaganda. Ele vai além do que teus olhos poderiam imaginar caso o encontrasse em uma estação de trem ou em uma padaria tomando café da manhã com sua família. Laerte é Laerte durante boa parte do seu tempo, mas aos finais de semana Myllena Vox assume com muita alegria e deslumbrante beleza.


Em Julho desse ano de 2015 Laerte tomou coragem e começou a se montar, montagem do corpo e da alma. Um sonho estava se realizando, a partir da primeira montação sentiu-se mais seguro de que estava no caminho certo e por ali não iria parar. Desde então Myllena Vox se apresenta na boate Bu-bu em São Paulo, que por evento costuma receber em media 1.000 pessoas. Em tão pouco tempo Myllena tem feito bastante sucesso e ganhado muita admiração das pessoas que frequentam a boate.





Ao perguntar sobre a origem do nome Myllena, descobrimos que é o mesmo nome da mãe de Laerte e que aquela era uma forma de homenagea-lá e também agradecer pelo apoio e coisas que talvez nem ele saberia nos explicar, só mesmo o amor puro entre a mãe e seus filhos pode dizer por sí mesmo.

Carregado de influências por Drags nacionais e internacionais, Myllena acompanha o estilo pop, adora roupas de pedraria e saltos altos. Conhecer sobre moda e arrasar nos palcos para ela é essencial. Confessa que é cansativo, são seis horas em media até que ela fique pronta para subir aos palcos. Para chegar a perfeição exige muita dedicação, investimento nas melhores maquiagens, figurinos etc. Mas vale muito a pena porque o sucesso é na certa.




Laerte diz que sai fora do seu comum quando se monta,
Quando termino de colar minha piruca, colocar meus cílios Já não é mais o Laerte que esta ali, é a Myllena Vox, é um personagem e é de fato, todo mundo sabe. Dar espaço para o seu outro eu para ele é libertador e o faz muito feliz. “É um personagem que nasceu e pretendo que não morra, nunca, declara.




Sobre aceitação, Laerte tem muitos amigos que o aconselham a ficar o tempo todo montado, por eles não existiria mais o Laerte dando assim espaço para a diva. A família por parte de mãe dele entende que ser Drag Queen não é necessariamente um gênero sexual, mas sim cultural- politico. Muitas pessoas confundem as Drags com o gênero Travesti, por exemplo, sem saber que existem muitas diferenças. 

Mas como nem tudo são mares de rosas, Laerte teve sérios problemas com o seu pai que não aceitou e por conta disso os dois pararam de se quer manter contato um com o outro. Em meio a esse tema, percebe-se que os olhos do nosso entrevistado brilham profundamente e demonstram uma tristeza enorme pela rejeição daquele homem que tanto ama, simplesmente por ele ser quem é. Nos conta que em meio a uma discussão seu pai o chama de lixo, por ele ser Drag. Mas segundo ele, isso só o motivou a continuar se montando, trabalhando e mostrar para ele (seu pai), que daqui 15 anos ele vai ter um filho, e uma filha, com sucesso, dinheiro e com felicidade que segundo ele é o que mais importa, pois ele não se declara Drag apenas por dinheiro (até porque no começo renda só se tem mesmo é na roupa), mas sim porque faz para ele muito bem.






Gustavo Cardsan, também é Drag. Seu nome artístico é Manuella Cardsan. O nome Manuella surgiu pela vontade que Gustavo sempre teve de ter uma filha e colocar esse nome, não sabendo se isso aconteceria em sua vida ele escolheu o nome para usar nas suas montações. Já há 6 anos como Drag Queen Gustavo é um apaixonado e apaixonada pela arte.





Cada um possuí sua história, seus desafios, sonhos, objetivos, dificuldades etc. Só torcemos para que tudo dê certo, assim como para qualquer outra pessoa, mas nesse caso em especial, podemos contribuir facilitando a vida dessas pessoas respeitando as diferenças e deixando essa mesquinhice chamada preconceito de fora, porque somos todos iguais e totalmente dignos de respeito!

Veja um mini-curta da entrevista:




Tô de férias!

Fim de ano: férias, família, namorado, amigos, passeios, viagens, séries, livros... e além de tudo isso, mais tempo para dedicar ao blog... Não poderia ser melhor :) Aguardem as novidades!!!

Às vezes precisamos de um tempo para renovar as energias por isso ter períodos de descanso ou ferias é muito bom para dar uma nova motivação e força para nossa vida, dedicar um pouquinho do nosso tempo às pessoas que amamos também é essencial, vamos aproveitar porque passa rapidinho e nunca sabemos o que nos aguarda no dia de amanhã! 

Lute com determinação, abrace a vida com paixão, perca com classe e vença com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito para ser insignificante. (Augusto Branco)




segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

A crise econômica no Brasil: a causa do sofrimento dos trabalhadores

A crise econômica, que se agravou neste ano, aumentou os casos de problemas de saúde relacionados ao estresse, como depressão, insônia e ansiedade, entre os brasileiros. Cada vez mais, vemos pessoas e famílias afligidas pela incerteza causada por esse cenário atual. Muitos já estão desempregados e outros estão assombrados pelo fantasma do desemprego.

Pensando em entender a crise econômica, além das análises do governo atual e outras questões políticas, qualquer pessoa com um mínimo de conhecimento de economia e finanças, vê tranquilamente os sinais da crise por todos os lados. Não precisa nem ler revistas e relatórios de consultorias especializadas, basta fazer suas compras mensais em qualquer supermercado que tudo fica evidente.

Um dos principais impactos dessa crise econômica sobre a vida das pessoas e também dos negócios das empresas é a inflação em um ritmo acelerado. A inflação já está ai há muito tempo e vem sendo tratada com leniência e maquiada através de artifícios contábeis que não se sustentariam por muito tempo, atualmente já é um problema que as pessoas conseguem ver mais claramente.

Os preços básicos da economia, como luz e combustíveis também sofreram um reajuste monstruoso para compensar outros “reajustes”, é o chamado “tarifaço” que tanto nos prejudica. Como consequência: a disparada do dólar, a desvalorização do real.

A situação fiscal no Brasil tem piorado muito. Com um desiquilíbrio nas contas públicas, o governo gastando mais do que arrecada em impostos, etc. Com essa combinação de fatores e outros aspectos envolvidos, entendemos um pouco sobre os responsáveis dessa desaceleração da nossa economia.

Essa atual situação econômica do Brasil vem causando muita preocupação a toda parcela da população que depende do seu próprio trabalho para garantir seu sustento. De um lado temos os desempregados, enfrentando muitos desafios em busca de um emprego e se vendo sem opções. De outro, trabalhadores que todos os dias levantam incertos sem saberem até quando terão garantido seu ganho para o pão. E os empresários também, estão todos preocupados com os rumos que nossa economia vem tomando nos últimos tempos, isso vem fazendo com que estes empresários adiem seus investimentos e novos empreendedores aguardem momentos menos incertos para iniciar seus projetos.

Essa crise econômica vai demorar para sair do buraco e uma das consequências mais dramáticas da crise está no emprego. A taxa de desemprego tem surpreendido negativamente a todos. Segundo estudo da Confederação Nacional da Indústria, a taxa de desemprego metropolitana medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que subiu para 7,6% em agosto deste ano, deve encerrar este ano em 8% e tende a continuar avançando em 2016. É bem provável que se agrave no início de 2016. É possível que tenhamos um quadro mais agravado pelo reajuste do salário mínimo que acontecerá no início do ano que vem. (Fonte: Economia G1).

A auxiliar de serviços gerais Cristiane Carvalho de 51 anos, assim como a classe trabalhadora, esta sentindo na pele o desemprego. Ela diz que nunca viveu uma crise pior que essa em toda a sua vida. “Se para quem tem estudos já esta difícil, imagine para nos que não temos”, declara. Ela já cansou de entregar currículos e não ser chamada nem mesmo para participar do processo seletivo. “Eu tenho minha casa, minha família para cuidar, não sei mais o que fazer. Eu vivo triste por causa disso. As coisas estão cada vez ficando mais caras, só os salários que não aumentam”, explica. “Meu medico disse para eu me acalmar, porque já tenho problemas de nervos, mas ele não sabe o que eu passo”, acrescenta com um olhar tristonho e pensamentos distantes. Ela espera que o ano de 2016 seja melhor, mas infelizmente não temos boas previsões.

O pedreiro Jose Lourenço de 44 anos, mesmo trabalhando de maneira independente também esta sendo prejudicado. “Ninguém mais quer construir ou reformar, a grana está curta para todos. Eles vão deixar essas coisas para depois. Ai enquanto isso eu fico sem emprego, esperando que as coisas melhorem”, diz ele. “Se eu não trabalho, não ganho. E as contas não vão me esperar. Já faz semanas que não consigo pregar os olhos, estou muito preocupado.”

Por outro lado, aqueles que estão empregados vivem o drama e o temor de perder o emprego e não conseguir outro. Com isso são motivados por conta própria a estenderem suas jornadas de trabalho, dedicando assim menos tempo á saúde. Em momentos de crise, o emocional dispara e as pessoas entram no “tudo ou nada” e isso pode ser prejudicial.

O medo pode ser tanto ao ponto de as pessoas não quererem tirar férias por causa da insegurança em achar que a empresa de repente descubra que o funcionário não faz falta ou que seu substituto naquele período faz o trabalho melhor que ele, podendo ameaçar seu atual cargo. Os riscos sempre existirão, tirando férias ou não. As empresas visam cada vez mais na redução de custos. É o caso da gerente de vendas Karen Baliutis de 27 anos que antes de sair de férias ficou responsável por passar tudo que sabia e fazia para outra funcionaria, quando voltou foi mandada embora. “Mal sabia eu que estava preparando a minha substituta. Claro, para ela eles pagariam metade do que eu ganhava, foi muito conveniente”, diz ela indignada. “Agora esta sendo difícil encontrar uma empresa que me contrate pelo tanto que eu ganhava, eu não posso aceitar menos. Ninguém quer ou merece viver assim!”.


Diante desse cenário os profissionais da saúde já começaram a notar um aumento da busca por tratamento. Algumas pessoas relatam estarem mais ansiosas, preocupadas, tensas e irritadas. Já outras se queixam de estarem se sentindo sem energia, sem esperanças e cheias de pensamentos negativos.

sábado, 5 de dezembro de 2015

Na Décima Nuvem




Leia ao som de: "I Never Wanted To Go" - Willamette Stone


Procuro um amor que saiba cozinhar. Mas que não precisa ser nada muito chique, gourmet. Uma batata frita com casca, uma pizza de mentirinha e um ravióli qualquer já me ganham. Pode saber pedir de um restaurante bacana, também, é claro. Mas que faça com carinho.

Se souber fazer jujubas ou me presentear com elas, ganha vantagem.
Meu amor tem que ter boas palavras também. Tem que saber me lamber e me morder. E tem que gostar de beijo – em qualquer lugar, em qualquer hora. Nunca é demais para um beijo, beijinho ou tudo mais. Mas tem que gostar de beijar.
Afinal, beijo continua sendo a segunda melhor coisa que a gente faz com a boca. A primeira melhor, bem, deixa pra lá.

Procuro um amor que leia. Não todos os livros. Ou livro nenhum. Mas que saiba me ler. Saiba entender o grito silencioso das minhas pernas e as páginas da minha testa franzida. Amor tem que conhecer e reconhecer o outro. Nada mais chato do que ter que ficar contando as suas histórias e segredos pra alguém.
Procuro um amor que não minta. Mas que também não me conte todas as verdades. Principalmente as que eu perguntar. Desconverse. Me faça cócegas. Sei lá. Mas não minta.
Palavras têm peso dois nas minhas histórias. Promessas, também – das mais simples às mais complicadas.

Procuro um amor que me encontre a hora que for. E que pode se atrasar também. Que saiba se arrumar, mas que também dispense essas coisas de vaidade. Que roube minhas blusas, meus chinelos e shorts antigos.
Procuro um amor que eu tenha orgulho de estar ao lado – e que saiba a importância de dar às mãos. Não precisa ter muito dinheiro. Mas que tenha bons planos de carreira. Amor vagabundo demais, cansa. Amor trabalhoso demais, some.

Procuro um amor meio-termo. Que xingue coisas engraçadas, que me mande tomar-no-cu sorrindo, mas que me faça declarações, também. Que tenha pudor para saber bem a hora de não tê-lo. Procuro um amor que saiba que flores e tapas têm suas horas.
Procuro um amor multifacetado. Desses que me lembram alguém, mas não sei quem é, nem sei de onde.
Mas que me dê a velha sensação de que tudo será eterno desta vez.


- Meu universo particular
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