Para fazermos a relação de acordo com o tema proposto, inicialmente já nos é necessário a compreensão do que é exatamente o ser sagrado e o profano. Entendendo tais princípios poderemos relacionar as influências de acordo com cada contexto. Por primeira definição, o sagrado se opõe ao profano. Se formos procurar o significado da palavra sagrado propriamente dita, veremos que se trata de um relativo ou inerente a deus, a uma divindade, à religião, ao culto ou aos ritos, sacro e santo. Em contrapartida existe o profano, que não pertence ao âmbito sagrado ou a alguma religião. Ser profano é basicamente não seguir aos mesmos princípios que se têm nas regras e práticas sagradas, em outras palavras, é aquele que é alheio ou estranho as ideias e conhecimentos sobre determinado assunto. Até mesmo na bíblia encontramos versículos que fazem referências ao profano, como por exemplo em Ezequiel 44:23, que diz: “Deverão ensinar o meu povo a distinguir entre sagrado e profano, e farão que ele conheça a diferença entre puro e impuro”.
Vemos no livro de Mircea Eliade, “O sagrado e o profano”, muito claro essas diferenças. O profano seria algo “natural”, enquanto a hierofania é a manifestação do sagrado, algo diferente da “realidade comum”. Temos a hierofania em manifestação através de objetos, por exemplo. E a hierofania suprema, como a encarnação de deus em jesus cristo. A hierofania através de objetos, é a materialização extrema do sagrado. Um objeto que outrora era apenas um objeto igual a todos os outros, por exemplo uma pedra, a partir do momento que alguém sente a manifestação do sagrado naquela pedra de alguma forma, a mesma se torna diferente das demais. E é separada para ser cultuada em prol daquela manifestação que houve. Essa é uma das formas da manifestação do sagrado que entendemos nos escritos por Eliade.
A partir do conhecimento das diferenças entre ambos podemos analisar as suas influências. Inicialmente vamos pensar na concepção de mal, Nilton Bonder no livro “A alma imoral” remete a algo que vem em nossa mente logo quando pensamos nessa concepção.
De um modo geral, as tradições religiosas de massa têm essa grande influência por modelos simplificados da realidade. É mais simples e conveniente apresentar Satã “mal”, como um possível caminho de dúvidas, atrevimento ou transgressão de um atalho. Vale ressaltar que a concepção de mal tem sua perspectiva variada para cada religião.
A partir do conhecimento das diferenças entre ambos podemos analisar as suas influências. Inicialmente vamos pensar na concepção de mal, Nilton Bonder no livro “A alma imoral” remete a algo que vem em nossa mente logo quando pensamos nessa concepção.
“[...] Em sua concepção original, Satã aparece como um “obstáculo” à vida ou algo que “desencaminha”. Poderia ser compreendido simplesmente como uma limitação, mas foi ganhando força como um símbolo de “tentação” ou como uma entidade que “joga contra” a vida. Com a traição cristã veio a simbolizar a própria ideia do “traidor”, que de forma sub-reptícia quer nos levar à transgressão. ” (BONDER, Nilton, pg. 71, 1998)
De um modo geral, as tradições religiosas de massa têm essa grande influência por modelos simplificados da realidade. É mais simples e conveniente apresentar Satã “mal”, como um possível caminho de dúvidas, atrevimento ou transgressão de um atalho. Vale ressaltar que a concepção de mal tem sua perspectiva variada para cada religião.
Ilustração: Concepção de mal, anjo caído. |
Ilustração: Pecado de origem |
Ilustração: Caminho estreito para ter a "salvação". |