quinta-feira, 30 de julho de 2015

A relação sagrado e profano e suas implicações para alguns símbolos: mal, pecado e salvação


Para fazermos a relação de acordo com o tema proposto, inicialmente já nos é necessário a compreensão do que é exatamente o ser sagrado e o profano. Entendendo tais princípios poderemos relacionar as influências de acordo com cada contexto. Por primeira definição, o sagrado se opõe ao profano. Se formos procurar o significado da palavra sagrado propriamente dita, veremos que se trata de um relativo ou inerente a deus, a uma divindade, à religião, ao culto ou aos ritos, sacro e santo. Em contrapartida existe o profano, que não pertence ao âmbito sagrado ou a alguma religião. Ser profano é basicamente não seguir aos mesmos princípios que se têm nas regras e práticas sagradas, em outras palavras, é aquele que é alheio ou estranho as ideias e conhecimentos sobre determinado assunto. Até mesmo na bíblia encontramos versículos que fazem referências ao profano, como por exemplo em Ezequiel 44:23, que diz: “Deverão ensinar o meu povo a distinguir entre sagrado e profano, e farão que ele conheça a diferença entre puro e impuro”. 




Vemos no livro de Mircea Eliade, “O sagrado e o profano”, muito claro essas diferenças. O profano seria algo “natural”, enquanto a hierofania é a manifestação do sagrado, algo diferente da “realidade comum”. Temos a hierofania em manifestação através de objetos, por exemplo. E a hierofania suprema, como a encarnação de deus em jesus cristo. A hierofania através de objetos, é a materialização extrema do sagrado. Um objeto que outrora era apenas um objeto igual a todos os outros, por exemplo uma pedra, a partir do momento que alguém sente a manifestação do sagrado naquela pedra de alguma forma, a mesma se torna diferente das demais. E é separada para ser cultuada em prol daquela manifestação que houve. Essa é uma das formas da manifestação do sagrado que entendemos nos escritos por Eliade.

A partir do conhecimento das diferenças entre ambos podemos analisar as suas influências. Inicialmente vamos pensar na concepção de mal, Nilton Bonder no livro “A alma imoral” remete a algo que vem em nossa mente logo quando pensamos nessa concepção.

“[...] Em sua concepção original, Satã aparece como um “obstáculo” à vida ou algo que “desencaminha”. Poderia ser compreendido simplesmente como uma limitação, mas foi ganhando força como um símbolo de “tentação” ou como uma entidade que “joga contra” a vida. Com a traição cristã veio a simbolizar a própria ideia do “traidor”, que de forma sub-reptícia quer nos levar à transgressão. ” (BONDER, Nilton, pg. 71, 1998

De um modo geral, as tradições religiosas de massa têm essa grande influência por modelos simplificados da realidade. É mais simples e conveniente apresentar Satã “mal”, como um possível caminho de dúvidas, atrevimento ou transgressão de um atalho. Vale ressaltar que a concepção de mal tem sua perspectiva variada para cada religião. 


Ilustração: Concepção de mal, anjo caído.
Com relação à concepção de pecado, o ato de pecar, de acordo com a bíblia surgiu com a “queda do homem”, descrita no livro de gênesis. O pecado cometido por Adão, a origem de todos os pecados individuais. De acordo com Urbano Ziles no livro “Antropologia Teológica”, teria sido o fundamento desses desvios da vida original na vontade de colocar-se a si mesmo no lugar de deus. Surgiu pelo desejo de conhecer o bem e o mal que, na linguagem bíblica, se identifica com o desejo de onisciência. Tal ato gerou consequências na história da humanidade. Mesmo assim deus continua sendo fiel à sua imagem e semelhança, o homem. A religião é privilégio dos culpados. Todos temos essa noção de culpa perante nosso ser transcendente, aquela força maior. Justamente com essa noção de culpa passaram a existir os sacrifícios, o termo “bode expiratório”. Sacrifício de um para o bem de todos. Uma forma de pagar as “dividas”. Além da queda de origem com o que acreditamos através de Adão e Eva, tem-se a noção de que vivemos constantemente no pecado. Atualmente pagam-se com suas próprias vidas, sacrificando o corpo com jejuns, penitencias, dentre outras coisas que variam de religião para religião. Tudo em prol de suprir a culpa causada pelo pecado, que interfere na relação do homem com o ser transcendente. Ainda de acordo com as ideias descritas no livro por Ziles, mesmo o homem tendo violado a maneira como seu criador desejava, dando assim origem ao pecado, com a graça de Cristo pode-se recuperar sua inocência original e viver em comunhão com deus, adquirindo a salvação que é outro tema que iremos abordar. Para o profano essa prática não se atribui já que não se tem os mesmos temores e concepções. É o homem natural.

Ilustração: Pecado de origem
A salvação é, de um modo geral atribuído em quase todas as religiões, aquela ideia de que haverá a vida após a morte, um paraíso perfeito que se obterá após viver uma vida julgada como digna de tal vitória. Pode ser concebida variavelmente de acordo com cada doutrina, por exemplo, para a doutrina cristã Deus é o salvador e Jesus é o caminho para chegar a Ele; para os budistas é o Buda; para o modo cientifico a representação de um ser maior é o alpha e o ômega; o “senhor de todos os seres” para os Indianos é Ganesha; e assim por diante, cada qual com o seu caminho para o seu salvador, passando pelos obstáculos do bem e o mal, da pureza e do pecado para chegar a salvação do ser como um todo.
Ilustração: Caminho estreito para ter a "salvação".
Atualmente, muitas pessoas têm buscado mais seguranças científicas ao invés da fé, a crença e o imponderável. Depois do físico alemão Albert Einstein, a ciência se deparou com a relatividade. Não há verdade absoluta! Uma verdade científica pode ser superada por outra. Assim também não podemos julgar como verdades absolutas nas religiões, por esse motivo aqui os temas foram tratados de uma maneira geral e com cautela.


quarta-feira, 22 de julho de 2015

Túnel do tempo- 10 Invenções bizarras que deram errado





Agora vamos fazer uma viagem no tempo e relembrar 10 invenções que são um tanto bizarras e que não deram certo, existem muitas outras talvez até que nem são conhecidas por não terem se popularizado. Algumas até que poderiam ser bem uteis nos dias de hoje, depende muito do ponto de vista. Mas sendo surgidas no intuito de facilitar as nossas vidas suprindo as necessidades do cotidiano, até que seria uma boa se elas, ou pelo menos algumas, dessem certo. Por exemplo, que tal um par de óculos para ler deitado? Ou um carro com proteção para pedestres? Pois bem, essas e outras coisas já existiram.  

Veja a seguir, surpreenda-se com algumas e ria de outras com outras também: 


1° bizarrice que deu errado: Bicicleta para a família Hoje em dia até temos bicicletas coletivas, mas não nessa proporção, meio esquisito né? Tem até uma máquina de costura no meio, cadê as feministas para falarmos sobre isso?


2° 
bizarrice que deu errado: Máscara para a ressaca 
Olha particularmente eu adotaria essa ideia, para curar uma ressaca braba vale de tudo!



3° bizarrice que deu errado: Óculos para ler deitado
Cá entre nós, até que seria uma boa né? Eu compraria. Ao menos não correria o risco do livro cair bem na minha cara já que o posiciono sob a cabeça rs. 


4° bizarrice que deu errado: Proteção para cigarros em dias de chuva
Se preocupe apenas em não apagar o cigarrinho. 



5° bizarrice que deu errado: Revólver que bate uma foto na hora do disparo 
Mais do que bizarro, isso é medonho. 



6° bizarrice que deu errado: Caixa suspensa para bebê

Assustador, teria coragem de deixar seu bebê ali?
Eu não, cruzes.

Vista pelo lado de fora:

7° bizarrice que deu errado: Chapéu de palha com rádio portátil
Chapéu de palha já não é bem a minha praia, mas sair por ai com um rádio na cabeça é bem pior.




8° bizarrice que deu errado: Motocicleta de uma roda só

Desastroso...



9° bizarrice que deu errado: Rede de segurança para pedestres

Na teoria até que seria uma boa, mas na prática parece não ter dado muito certo...




10° bizarrice que deu errado: Vassouras para evitar pneus furados 

A intenção até que foi boa... Como cantaria o velho Molejão: "Vou varrendo, vou varrendo, vou varrendo, vou varrendo..." 



E não para por aqui, existem muuuuitas outras invenções malucas, mas separei essas porque achei bem interessantes e quis compartilhar com vocês. Compartilhe também com seus amigos! 


Quer ver mais invenções curiosas, assista a esse vídeo:



segunda-feira, 20 de julho de 2015

Animação "Le Petit Prince", nos cinemas





Animação de "O Pequeno Príncipe" chega aos cinemas aqui no Brasil em 20 de agosto desse ano de 2015, segundo informações do Paris Filmes. O trailer oficial mostra um pouco de quanto será emocionante, em especial para os fãs espalhados por todos os lugares. "Eis o meu segredo: Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos. Os homens esqueceram essa verdade, mas tu não deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."

Do mesmo diretor que codirigiu "Kung fu panda" e "Bob Esponja", Mark Osborne. Essa é a primeira vez em que o livro é adaptado sem atores de verdade. O diretor da a sua visão de uma nova dimensão ao conto filosófico de Saint-Exupéry, mas preservando suas mensagens universais.



Veja o trailer atual e oficial:
















O Pequeno Príncipe {Livro para ler e reler}

Apresento a vocês o meu livro número um, o favorito e que já li mais vezes na vida, "Le Petit Prince" escrito em francês seu titulo original e "O Pequeno Príncipe" traduzido em nosso idioma. Escrito pelo também francês Antoine Saint-Exupéry. Foi publicado em 1943 e já vendeu mais de 143 milhões de cópias em todo o mundo. Livro para crianças? Sim! Para adultos também, pois todo homem traz o garoto que foi dentro de si. Toda mulher traz a garota dentro de si também. E esse livro de forma encantadora nos remete a essa época tão maravilhosa: nossa infância. Acho até que é mais para os adultos do que para as crianças, por ser tão poético e reflexivo.


O livro narra a história de um aviador que após seu avião dar pane, acaba parando no deserto de Saara, na África. Perdido e desesperado para fazer seu avião voltar a funcionar, antes que suas reservas de água acabe, ele é surpreendido. Ali, no meio do nada, se depara com um garotinho que lhe encheu de perguntas e mais perguntas, mas nunca respondia as que eram feitas a ele. Com cabelinhos cor de trigo e roupas estranhas, o aviador chama-o de Pequeno Príncipe.   



No decorrer da conversa entre eles, descobre-se que o principezinho vive no asteroide B 612, sua companhia é uma rosa de quem ele cuida e três vulcões (um deles extinto) e a sua diversão era ver o pôr do sol, fazia isso também quando estava triste. O principezinho começa então a ter amizade com o aviador, que por sua vez é o narrador da história. E cada vez nos encantamos mais com a inocência e ingenuidade do principezinho, vamos também ficando mais admirados com a sabedoria do mesmo e curiosos com a suas misteriosas trajetórias. 


O livro é tomado por encantadoras poesias. O que nos deixa apaixonados também é o cuidado que o principezinho tem com a sua rosa que lhe faz companhia em seu pequeno planeta.   Embora ela seja um tanto ingrata.


O principezinho estava em viajem para diversos planetas, onde encontrou personagens interessantes que nos fazem refletir sobre nossas próprias atitudes. Eram eles, um bêbado, um rei, homem de negócios, o acendedor de lampiões, o geógrafo, o astrônomo e o vaidoso, cada um em seu planeta. Até que por fim o principezinho chegou na terra e encontrou o piloto, a encantadora raposa e a serpente. 

  • Bêbado:



  • Rei:

  • Homem de negócios:

  • Acendedor de lampiões:



  • O geógrafo:

  • O astrônomo: 

  • O Vaidoso:












  • A raposa:

  • A serpente:


Não entrarei em maiores detalhes para não estragar a surpresa. Um livro tomado da simplicidade dos detalhes e pureza das coisas é um livro que encanta qualquer um que saiba apreciar o que é bom <3

Para saber mais sobre o  autor e curiosidades sobre a obra veja esse documentário de um internauta: 




sexta-feira, 3 de julho de 2015

PASSEIO- VISITA AO TEMPLO ZU LAI



Zu lai foi inaugurado em 5 de outubro de 2003, localizado na cidade de Cotia/SP. É o maior templo budista da America Latina, com 10.000 metros quadrados de área construída, ocupando um terreno com 150.000 metros quadrados. Envolto de arvores e lagos, proporciona uma paz impagável. Vale muito a pena ir conhecer, levar os familiares e amigos, fugir um pouco da rotina e visitar esse lindo lugar.

Foto: Juliane Alvarenga. Templo Zu lai Cotia/SP
Minha experiencia ao conhecer o templo foi muito satisfatória. Estive lá com um grupo de amigos que comigo fazem faculdade, tivemos nossa visita monitorada, o que fez toda a diferença. (Para ter visita monitorada é necessário um grupo de no minimo 15 pessoas, é totalmente gratuito, basta agendar pelo site no link do final da matéria.) Veja um pouco do que aprendemos através dos dizeres abaixo e do vídeo que nós mesmos criamos:

Durante toda nossa vida, a sociedade nos impõe algumas regras, responsabilidades, estereótipos e opiniões, e isso nos afasta – cada vez mais – de quem ”realmente somos” e acabamos inundados por problemas criados pela nossa própria mente sobrecarregada. Observe a leveza e despreocupação das crianças e você entenderá o que a maturidade nos tirou. A meditação existe para que possamos ”esvaziar” a mente e prestar mais atenção no nosso interior. Nós nascemos com a paz e felicidade plena, mas elas foram ”soterradas” por pensamentos e sentimentos negativos. Parar, se concentrar, respirar e esquecer das ideias impostas e lembrar do sentimento de paz interior que todos nós temos, mas que muitas vezes esquecemos.

Algumas coisas como: ansiedade, dores de cabeça e gastrite podem ser tratadas através da meditação, mas antes de praticá-la você precisa procurar por auto-conhecimento. Nossos maiores inimigos são os nossos pensamentos. Preste mais atenção neles, mantendo sua mente tranquila você já estará cuidando da sua saúde física e mental.

A verdadeira felicidade está dentro de cada um, não fora. Para os budistas através da meditação você alcança a chamada ”iluminação” que é o estado de paz e felicidade plena – não é fácil – mas nós podemos seguir tentando. Vale lembrar que meditação não é religião, é apenas uma prática que faz bem.

 

A filosofia budista é mesmo encantadora! Gostou? Quer conhecer o lugar? Então aqui vão algumas informações para te ajudar:


Endereço: Estrada Municipal Fernando Nobre, 1.461. (Acesso Km 28,5 Raposo Tavares)
Telefone: (11) 4612-2895 / 4612-9805
Estacionamento: No local, gratuito.
Horário de funcionamento: De terça a sexta, 12h às 17h; sábados, domingos e feriados das 9h:30 às 17h. Cerimonias dominicais às 10h.

Foto: Divulgação

MÚSICOS NAS RUAS X POPULAÇÃO



Interação Social

Como é a rotina dos músicos que se apresentam nas ruas de São Paulo e qual a reação da população diante dessa prática?

A interação social é um tema muito abrangente, pode atingir diversos campos e aspectos, querendo transmitir até mesmo objetivos diversificados. Nessa matéria em especifico falaremos qual é a interação que existe entre os músicos de rua e a população que diariamente passam e em alguns casos param no intuito de apreciar. Já estamos cansados de ver abordagens e entrevistas sobre esse tema, mas o diferencial aqui será pelo fato de analisarmos as duas perspectivas: Músicos e ouvintes. Com nossa experiência diante da própria realidade, confira o que concluímos nesse aspecto em questão.


Durante a noite a Avenida Paulista apresenta verdadeiros espetáculos a céu aberto. São musicais para todos os tipos de gostos, desde músicas clássicas até sertanejos de raiz. Na última quinta-feira, conversamos com alguns artistas de rua e pessoas que pararam para ouvi-los. Diante de um mundo cada vez mais conectado nosso objetivo é questionar como estão as relações pessoais.

Em meio a muitas pessoas que passavam direto e não davam atenção aos músicos, nos deparamos também com aqueles que passavam correndo e deixavam suas contribuições, em forma de agradecimento pelo som que tornava agradável a caminhada diária. Outros, dedicavam seu tempo para ouvir um pouco e depois retomar seus afazeres. Dentre tantas situações possíveis conversamos com algumas pessoas e separamos o depoimento das mesmas para servir como exemplo.

Conversamos com dois amigos que estavam a no mínimo meia hora ouvindo uma banda, eram eles, Daniel Ikeda de 28 anos e Luy Phelipe de 27. Os dois trabalham juntos no ramo de marketing. Segundo eles, estavam ali esfriando a cabeça, pegando ideias para aplicar no dia a dia. A banda estava tocando alto e chamou a atenção dos jovens. O bom humor contagia diz ele. "As tecnologias evoluem, mas as pessoas se distanciam". Luy lembra a importância da música, sem ela não podemos viver. Gostamos porque a música ativa as regiões do cérebro associadas ao prazer e bem-estar. Está em nosso dia a dia e nos remete lembranças de bons e maus momentos. Os jovens diziam estar ali para buscar inspiração em seus novos projetos e também fazer novas amizades.

Os comportamentos variam muito de pessoa para pessoa, cada um estava ali por algum motivo, talvez até seria motivo nenhum, apenas por estar a caminho de seus trabalhos, escola, dentre outras coisas. Já que estamos falando de um lugar com grande movimentação.


Outra pessoa com quem tivemos a oportunidade de conversar e nos mostrou uma outra perspectiva foi o aposentado Gil, 77 anos. Ele estava apreciando o bom músico Emerson, que fazia um belo som com sua flauta transversal. Ao perguntarmos o porquê deve ter parado no local, nos disse que conhecia a música que estava sendo tocada, e que a achava muito bela. Acrescentou também que prefere as canções antigas, que os jovens não conhecem ou se conhecem não apreciam. E com toda a sua experiência nos deu até dicas de uma boa alimentação.

Emerson, tem 50 anos de idade e toca a 25 anos nas ruas. É presidente da associação de músicos de rua, e apaixonado pelo que faz. Antes de trabalhar com a música era professor, deixou sua profissão pois era cansativo e não tinha tempo suficiente para fazer as coisas que amava, como tocar sua flauta e foi em busca de seu sonho, trabalhar com música, o que tem dado muito certo para ele. No início foi muito difícil, alguns dias ele não ganhava o suficiente nem para almoçar, e por muitas vezes pensou em desistir, mas com incentivo de amigos ele continuou e hoje se orgulha disso.



A música é capaz de inspirar vidas, assim como boas histórias podem nos trazer grande inspiração para vida pessoal e profissional. Através da observação percebemos que algumas interações sociais foram de fato substituídas pelas novas tecnologias, mas compreendemos o quanto é importante a manutenção de interações humanas como a apresentação dos músicos de rua.






Colaboração: Yara Nunes (Blog pessoal: http://vivereserlivre.com.br/)

A vida por um tuíte


Diante dessa nova era tecnológica, onde todos estão conectados às redes sociais e portais que funcionam em tempo instantâneo, existem vários temas que podemos abordar e refletir, sejam os lados positivos ou negativos. Aqui serão expressos casos onde as pessoas fazem de tudo para ganhar visibilidade, curtidas e compartilhamentos em suas postagens e acabam não se dando bem com os resultados, ocorrendo assim linchamento virtual.

Um grande exemplo disso é o caso de Justine Sacco, que teria usado da rede social Twitter para fazer uma piadinha racista, “Vou para a África. Espero não contrair AIDS. É brincadeira. Sou branca”, diz ela. Após 11 horas de voo enquanto o celular estava descarregado, muita coisa aconteceu. Aquele tuíte se tornou o maior trending topic mundial do Twitter. Causou muita indignação nas pessoas ao verem seu suposto racismo e ignorância, o que custou muito caro para a jovem que trabalhava com Relações Públicas. Além disso, se tornou uma ocupação para os desocupados na net. A vida dela não seria mais a mesma depois desse ocorrido. No momento em que ela desceu no aeroporto dezenas de milhares de pessoas já tinham tuitado em resposta a ela de maneira muito enfurecida e inconformada. A melhor amiga dela excluiu o tuíte e a conta de Justine, mas já não adiantava mais, aquilo marcou. A fúria coletiva costuma tomar conta diante de casos como esse.

A tuitada racista de Justine Sacco que provocou a polêmica: “Vou para a África. Espero não contrair AIDS. É brincadeira. Sou branca”.

Na ascensão do Twitter, ocorre diariamente casos que provocam polemicas, como o caso de A. A. Gill, que certa vez escreveu sua experiência ao ir em um Safári na Tanzânia, no qual atirou em um babuíno, “Disseram que eles são difíceis de acertar. Sobem nas árvores, fazem o possível para salvar a vida. São duros de matar, os babuínos. Mas esse não. Uma bala .357 de ponta redonda estourou seus pulmões”, declara, “queria experimentar a sensação de matar alguém, um desconhecido”. Logo em seguida da postagem, em questão de minutos, em meio a centenas de mensagens respondendo o post veio uma pergunta que muito chamou a atenção “na escola, você perseguiu os mais fracos? ”.

Mais uma vez, a fúria coletiva é como se derrubasse poder de uma hierarquia e fizesse justiça tornando democrático. Com o tempo as campanhas passaram a se multiplicar, onde qualquer um que desse a impressão de ter feito algo considerado errado, sofreia a justiça. Atualmente está muito presente em todas as redes sociais essa defesa aos direitos humanos em todos os aspectos, indo contra ao racismo, preconceitos, dentre outras coisas, qualquer tipo de discriminação.

Esses são apenas alguns casos dentre os muitos outros que existem nesse meio virtual, espalhado por todo o mundo.

A maior punição para essa prática seria a sua própria exclusão da sociedade como cidadão por outros cidadãos. Ainda existem os que lutam pela chamada “liberdade de expressão” e os conceitos de politicamente incorreto, mas estão cientes das punições que obterão perante a própria lei que rege em defesa dos direitos humanos.

Agradecimentos especiais: Geovani Fabri
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