terça-feira, 31 de março de 2015

Propaganda: Ser chato pode ser um bom negócio




Com pitadas de humor caracterizam-se os comerciais do Bom Negócio. A agência responsável pela série de comerciais de 30 segundos é a NBS. Cada comercial tem como estrela principal uma celebridade diferente. Citando alguns como exemplo, temos uma cômoda, mas não uma cômoda comum, é uma com personalidade... Da Narcisa Tamborindeguy, que de maneira inconveniente e irritante ela atrapalha um casal. Sergio Mallandro é o carrinho de bebê mais chato da história, Supla é a bateria que envergonha o papito que agora se tornara paizinho sério quando outrora era Rock’n’Roll, esses e outros artistas fazem participação assumindo a chatice na cara de pau, o que torna a campanha ainda mais curiosa do que sendo feita por pessoas que não são conhecidas.


Após mostrar para o telespectador o quanto aquele objeto estaria sendo inconveniente, mostram a solução, se livrarem dos mesmos, obtendo sossego e ainda descolar uma boa grana. Por outro lado, temos aqueles que compram algo que será de boa utilidade e por um bom preço, sendo justo para ambos. O que não serve para um, é de grande utilidade para outro. Outra característica marcante é a música da propaganda, curta e fácil de se memorizar: “A cada um minuto, quatro coisas vendem... Bom, bom, bom negócio.com...” e no final “Já vendeu”, o que transmite uma ação rápida e prática, que é o que todos procuramos.


A sacada dessa campanha é genial. Quando se trata de negócios geralmente soa aspectos mais sérios e burocráticos até mesmo, mas eles utilizaram uma linguagem que é de fácil entendimento de todos e ainda acaba entretendo, quebrando assim o que seria relativamente comum. Os personagens passam longe do politicamente correto e justamente por isso chamam muito a atenção e ganham espaço. Em meio a tantas informações, é difícil encontrar ações publicitarias e comerciais que tenhamos paciência, com iniciativas criativas como essa realmente são marcantes. Reunir artistas que aparentemente não tem nada a ver uns com os outros, exceto pela forte personalidade e alguns jargões dito por eles, a diversidade é muito grande, são personagens desde Tiririca até o Maradona. Essa mistura foi um sucesso, cativando o público, despertando o interesse e até mesmo a curiosidade das pessoas para saber quem faria a participação do próximo comercial.



Alguns dos comerciais:

segunda-feira, 30 de março de 2015

Show cover "The Beat Beatles"



No dia 20 de março as 20h30min, no teatro municipal de Barueri, aconteceu o espetáculo musical “The Beat Beatles”, que conta em detalhes a trajetória da banda mais importante de todos os tempos, os Beatles.

As apresentações começam com a fase da "beatlemania", quando os Beatles usavam seus elegantes ternos e um corte de cabelo revolucionário para a época. A história passa pela fase psicodélica onde fizeram álbuns que são referência musical até hoje como, por exemplo "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band" que completou em 2007 quarenta anos de existência e é citado por muitos como o melhor álbum de todos os tempos. A seguir, passa-se para a fase final quando os Beatles estavam prestes a se separar, porém compuseram suas mais belas canções. O espetáculo é marcado pela fidelidade com que os integrantes apresentam a história dos "Fab Four".

Todas as roupas e adereços são réplicas fiéis dos figurinos que os Beatles usavam na época. A maioria dos instrumentos e amplificadores são originais de época, o que torna a sonoridade o mais próximo possível das gravações originais.
Um telão e uma trilha sonora ilustram a história contada de forma cronológica e levam o público a uma viagem no tempo, relembrando músicas que marcaram suas vidas e emocionando a todos.

A banda foi formada por Fabio Colombini (John Lennon) ex-integrante da lendária banda Beatles 4ever, com quem fez shows memoráveis como na virada cultural da cidade de São Paulo em 2011, quando executaram ao vivo todos os álbuns dos Beatles em ordem cronológica durante as 24 horas do evento. Felipe Malagutti (Paul McCartney), Mário Lourenço (George Harrison) e Fernando Colombini (Ringo Starr), experiente baterista que já tocou com o internacional bluesman Nuno Mindelis, formam o quarteto “The Beat Beatles”. A banda conta ainda com o tecladista Caio Felipe Tavares encarregado de reproduzir os teclados e orquestrações.

Nessa noite em especial, estando eu entre a plateia pude ver de perto a reação dos que ali estavam, todos muito empolgadas com a fidelidade que estavam vendo diante de seus olhos. Algumas pessoas até chegavam a pensar que fossem de fato os Beatles ali, o que gerou uma piada no final do show: “Agora vamos voltar para o céu...” Disse Felipe, Paul McCartney. Durante o show eles se comunicam em inglês, o idioma pelos Beatles falado, esse é um dos detalhes que eles com carinho se preocupam em manter.

Na plateia tinham muitos senhores e senhoras, observei que estavam comentando entre si, lembrando dos bons e antigos tempos que aquela música marcou a vida deles. Alguns fechavam os olhos e cantavam profundamente, como se estivesse sentindo a cada letra pronunciada e revivendo momentos únicos. As mãos e pés seguiam os ritmos, desde os mais calmos até os mais agitados. Os mais jovens que ali estavam esbanjavam suas energias, apesar de nem ser de sua época, sabiam reconhecer diante do mito que estava sendo representado.

Em meio uma apresentação e outra eles brincavam com a plateia, faziam piadas e interagiam, o que deixou o show ainda mais agradável, dinâmico e divertido. No meio do show a peruca do Fábio, John Lennon, caiu. Foi motivo de muitas risadas, mas ao perceberem que ele tinha ficado constrangido com a situação o aplaudiram, como prova de que ele estava indo muito bem e ninguém se importava com aquilo.


Para conhecer o trabalho deles, "The Beat Beatles" 



Algumas das musicas dos The Beatles: 


domingo, 29 de março de 2015

A visão do óculos {uma crônica}


Lá estava na vitrine de uma sofisticada ótica o mais novo e descolado modelo de armação de óculos, era de dar inveja a todos os outros antigos que ali estavam. Há poucas horas exposto já era muito notado por todas as pessoas que ali entravam. Ele não entendia o porquê de tanta admiração, no entanto, na hora da compra outros eram escolhidos. O preço daquela armação era alto, geralmente as pessoas dão preferência pelos de menor preço.

Passados alguns dias, a armação já estava desiludida que encontraria alguém que a levasse para se aventurar mundo a fora. Até que em uma tarde ensolarada, uma mulher culta e vaidosa se encantou e a levou. O óculos tinha encaixe perfeito em seu rosto fino e delicado. Só o incomodava um pouco a quantidade de maquiagem que deslizava constantemente sobre a armação. Sendo levada para casa, a armação viu a quão luxuosa era a vida daquela mulher.

Muitas coisas belas refletiam sobre aquelas lentes. Mas ao saírem pelas ruas, outra coisa começou a incomodar, cada vez que ela passava em frente a alguma pessoa conhecida, empinava seu nariz para cima, ele ficava na diagonal, era desconfortável, mas era melhor do que ficar parado sob a prateleira, enquanto ele via os outros sendo levados.

Os dias do óculos eram sempre iguais, suportando muita maquiagem, desconfortável sobre o nariz empinado e muito luxo ao redor, naquele momento seu mundo era todo preto e branco. Não estava sendo tão incrível quanto imaginava e ela deveria estar pensando o mesmo, já que, dias depois o jogou no lixo.

Agora aquele óculos estava amedrontado em um saco escuro, fundo em meio a outras coisas que teriam sido julgadas como imprestáveis. Dias se passaram naquele sufoco, até que numa bela manhã ele sente alguém revirando o lixo à procura de algo. Então uma mão pequena, porém, grossa o tira dali.

Tratava-se de uma garotinha que o colocou em frente ao espelho e comemorou pelos objetos encontrados. Estranhamente, a partir daquele momento o mundo do óculos começou a ser colorido. Passou a enxergar as coisas de uma maneira mais generosa e positiva. Enquanto não servia mais para uma, era um grande presente à outra.

Aquela garotinha era muito pobre, vivia em meio a pessoas humildes que tinham apenas o suficiente para sobreviver, e olhe lá. Mas seus pequenos olhos transpareciam tanta esperança, tinham um brilho único que era encantador. Embora fosse uma armação enorme, ele se sentia muito confortável. Quando passavam perto de pessoas conhecidas era muito agradável a sensação do sorriso que se formava no rosto da pequena.

O óculos começou a perceber que os olhares para a mesma situação poderiam ter diferentes interpretações. E ele concluiu que de fato a beleza esta nos olhos de quem vê. O mesmo acontecimento pode ser visto de maneira positiva por alguns e negativo por outros. Por fim, o óculos descobriu que a felicidade é encontrada dentro da gente, não nas coisas exteriores e foi muito feliz por esse novo aprendizado , agora sentia que vivia a cada dia uma nova aventura.
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